3.2.11

"sou o último bombom da caixa?!"

Eu não tenho muitas habilidades na cozinha (dizer isso é resumir bastante minha limitada capacidade culinária. Numa escala de 1 a 10 eu estaria... Enfim, melhor pular ou até saltar gigantescamente esta análise. :) )

Nas nossas reuniões os lanches são chocolates ( eles vem prontos e gostosos nas caixinhas... :)).

Já percebi (eu e todo mundo) que sempre sobram os mesmos bombons. São os que quase ninguém pega, não há lutas e brigas por eles, então eles nunca são solicitados no início da reunião (tipo “separa ai pra mim, vai... :) “).

Gosto de algo que Chesterton fala:

“se você desenha uma girafa, deve desenhá-la de pescoço comprido. Se, dentro do seu método criativo arrojado, você se julgar livre para desenhar uma girafa de pescoço curto, de fato descobrirá que não está livre para desenhar uma girafa. No momento em que se entra no mundo dos fatos, entra-se no mundo dos limites.”

Fatos e limites. É um fato: Nem sempre somos mega disputados, super solicitados, nem sempre lutam e se descabelam por nós e não vão gritar todas as semanas nossos nomes por amor!!! Esse é o mundo real, cheio de limites! Algumas vezes somos os bombons que sobram e ficam lá:

_Quer?

_Acabou o serenata? Não tem mais confeti? Valeu então...

Ok, mas não é motivo pra se desesperar e berrar até perder a voz, emudecer de vez nem pra se enforcar num pé de salsa. :)

Alguém especial (bem especial que pode nem estar por perto :)) gosta dos bombons que sobram nas caixas. E, se por algum motivo este alguém estiver muito, muito longe (porque, uauu o mundo é enorme demais!) me anima e amo pensar nisso, posso até afirmar que sorrio agora com alegria, Deus está sempre perto e nunca nos deixa de lado! :) :)

Beijos,

Com amor,

Alê


2.2.11

momentos mágicos...


Semana passada passei mal. Mesmo. E muito.

Na hora de sair pra trabalhar me atrasei uns minutos mas ok, “vamos lá que o sol está quente e as obras me aguardam”...

Dentro do carro fui piorando, na primeira obra já me sentia péssima, na segunda fui amparada por meu mestre de obras quando péssima já era adjetivo passado e pequenino para descrever o que eu sentia... :) :)

Meu engenheiro fez a compra mais rápida da sua vida: achou uma farmácia e me trouxe remédio (que infelizmente não adiantou, mas valeu mesmo a intenção :)) Diante da situação nada animadora entrei de novo no carro (voltei a me sentir péssima, o que naquele momento significava uma pequena melhora) e não segui para a terceira obra e sim para casa, mais especificamente para minha caminha onde fiquei com a cabeça girando, girando por horas...

Minha teimosia (de longa data conhecida, amiga do peito, poucas vezes dá um tempinho e se vai...) me fez pensar que estava melhorando. Mas vamos pular a tarde inteira que não há muito a falar além da dor, teimosia, mais dor, menos dor...

E só de noite, após insistência do meu espetacular marido Alberto e da minha grande amiga Eliza eu e minha toalhinha verde-bebê-com-desenhos-de-flores fomos para o hospital. Fomos eu, Alb e a toalhinha (agarrei-me fortemente à ela :)).

E agora cheguei onde queria. (Mas ainda vou contar umas coisinhas até lá... :) )

Na emergência, fiquei no soro (gigantesco, que parecia nunca mais acabar) com remédios e próximo a mim estava um senhor que nitidamente estava muito, muito mal. Eu sentia dor mas ele me ultrapassava fácil. Estava ali com máscara para auxílio da respiração e sua esposa e filho se revezavam ao seu lado agindo os papéis para que ele fosse conduzido à cirurgia, o que de fato não demorou a acontecer. Alb me ajudava na minha dor e impaciência com o soro e remédios e ao nosso lado o drama da família.

Depois da meia-noite, liberada do gigantesco soro eu (ainda agarrada à minha toalhinha verde-bebê-com-desenhos-de-flores) e Alb passamos numa farmácia 24 hs e compramos uma “torrezinha” de remédios que eu deveria tomar por cinco dias (intoxicação alimentar, atenção atenção cuidado com yakosobas no verão!!!) e mesmo economizando palavras porque me sentia enjoada não pude deixar de falar com Alb do que me deixou comovida no hospital:

o carinho do filho com o pai naqueles minutos dolorosos. Com um beijo na testa e frases mostrando que estava ali, aquele filho amenizava os gemidos de dor tão intensos do pai e mostrava a ele que o amava. Um momento mágico na dor.

Alb sentiu o mesmo que eu.

E eu contei isso tudo não para falar da minha dor (que nem foi pouca) mas para falar desse “pequeno instante assistido” por mim e pelo Alb. Pode parecer bobagem mas instantes de carinho, de amor verdadeiro são maravilhosos e percebidos sem necessidade de muita propaganda.

Enfim cada dia mais acredito que precisamos disso:

mais beijos na testa, no rosto, na boca, mais abraços, mais frases de carinho, mais demonstrações verdadeiras de amor!

Beijos (muitos, muitos),

com amor,

Alê

Obs. esta semana retornamos as reuniões!!!! :) :)