A Geórgia, minha amiga do blog Saia Justa me convidou para a blogagem coletiva do analfabetismo.
Logo lembrei de algo que aconteceu comigo há alguns anos atrás.
Cheguei numa obra na hora do almoço e um peão com 18 anos tinha nas mãos um jornal e “fingia” ler, digo “fingia” pois o jornal estava de cabeça p’rá baixo. Como naquela parte não tinha foto alguma ele não tinha notado.
_ Seu “ingnorante”, num tá veno que o jornal tá virado? Ele num sabe ler não doutora!
Outro foi logo falando p’rá mim.
Ele ficou muito sem jeito e eu comecei uma campanha incentivando-o a aprender a ler.
Saí da obra realmente triste com a situação dos dois: um com 18 anos sem saber ler nada e o outro falando tudo errado, se achando tão mais preparado que o amigo...
Alguns meses depois, também numa hora de almoço, já em outra obra, o mesmo rapaz do jornal de cabeça p'rá baixo me chamou e leu muito devagarinho a manchete de um jornal p’rá mim.
Era uma parte com a foto da Ana Paula Arósio (acho que isso o incentivou ainda mais! :) :) ).
A frase era curta e ele demorou um bocado mas eu fiquei com os olhos cheios d’água. O dia trazia mil problemas mas aqueles minutos ali me alegraram imensamente!
Era bom demais ver a alegria daquele rapaz descobrindo a maravilha da leitura, sorrindo ao me dizer que agora já podia assinar seu nome todo! :)
Me controlei pra não soluçar ali na frente de uns 10 peões de obra...
Como aquele rapaz simpático, muitos querem tanto saber o que são as letrinhas no papel, querem tanto escrever seu nome...
Vivemos num país tão enorme, e as diferenças nos chocam tremendamente.
Acho que cada um de nós deve refletir mais em como fazer sua parte.
Sinceramente acho que fazemos isso muito pouco, estamos muito acomodados.
Não vou aqui apresentar soluções, vou apresentar o desafio.
Nem sou especialista para passar corretamente percentuais e dados sobre o analfabetismo no Brasil. Certamente em outros blogs podemos ter estas informações de forma bem correta.
Meu desafio é o da ação.
Agir em nossa casa, em nossa rua, em nosso trabalho, em nossas igrejas, onde estivermos, pois em nosso país há muitos “fingindo” ler seus jornais, loucos por uma chance de saber, de aprender, de entender.. e, de algum modo,
talvez nós possamos ajudar.
Visitem o blog da Geórgia hoje e lá vejam os endereços dos blogs que aderiram esta blogagem coletiva e vivenciem um pouco esta realidade.
Com certeza vai valer a pena!
Beijos,
Alê
Logo lembrei de algo que aconteceu comigo há alguns anos atrás.
Cheguei numa obra na hora do almoço e um peão com 18 anos tinha nas mãos um jornal e “fingia” ler, digo “fingia” pois o jornal estava de cabeça p’rá baixo. Como naquela parte não tinha foto alguma ele não tinha notado.
_ Seu “ingnorante”, num tá veno que o jornal tá virado? Ele num sabe ler não doutora!
Outro foi logo falando p’rá mim.
Ele ficou muito sem jeito e eu comecei uma campanha incentivando-o a aprender a ler.
Saí da obra realmente triste com a situação dos dois: um com 18 anos sem saber ler nada e o outro falando tudo errado, se achando tão mais preparado que o amigo...
Alguns meses depois, também numa hora de almoço, já em outra obra, o mesmo rapaz do jornal de cabeça p'rá baixo me chamou e leu muito devagarinho a manchete de um jornal p’rá mim.
Era uma parte com a foto da Ana Paula Arósio (acho que isso o incentivou ainda mais! :) :) ).
A frase era curta e ele demorou um bocado mas eu fiquei com os olhos cheios d’água. O dia trazia mil problemas mas aqueles minutos ali me alegraram imensamente!
Era bom demais ver a alegria daquele rapaz descobrindo a maravilha da leitura, sorrindo ao me dizer que agora já podia assinar seu nome todo! :)
Me controlei pra não soluçar ali na frente de uns 10 peões de obra...
Como aquele rapaz simpático, muitos querem tanto saber o que são as letrinhas no papel, querem tanto escrever seu nome...
Vivemos num país tão enorme, e as diferenças nos chocam tremendamente.
Acho que cada um de nós deve refletir mais em como fazer sua parte.
Sinceramente acho que fazemos isso muito pouco, estamos muito acomodados.
Não vou aqui apresentar soluções, vou apresentar o desafio.
Nem sou especialista para passar corretamente percentuais e dados sobre o analfabetismo no Brasil. Certamente em outros blogs podemos ter estas informações de forma bem correta.
Meu desafio é o da ação.
Agir em nossa casa, em nossa rua, em nosso trabalho, em nossas igrejas, onde estivermos, pois em nosso país há muitos “fingindo” ler seus jornais, loucos por uma chance de saber, de aprender, de entender.. e, de algum modo,
talvez nós possamos ajudar.
Visitem o blog da Geórgia hoje e lá vejam os endereços dos blogs que aderiram esta blogagem coletiva e vivenciem um pouco esta realidade.
Com certeza vai valer a pena!
Beijos,
Alê
14 comentários:
cocordo plenamente...
sou contra o ANALFABETISMO!
beijos
Alê,no seu caso não acho que faça pouco, que esteja acomodada, mas...
concordo com você: fazemos muito pouco mesmo! Estamos muito acomodados.
Tem gente que acha que ajudar os outros é tudo, leva até para céu.
Mas tem os que ficam pensando que a graça lhes basta. Nadinha disso, a graça sem obras é morta.
Caraca! Isso esta me incomodando...
Eu lembro que via na igreja que frequentava pessoas fingindo que liam a bíblia, fingindo que liam os hinos, é muito triste mesmo.
Alê primordial a história que você dividiu conosco. É bem assim o nosso Brasil. Cada um fingindo saber mais que o outro e no fundo no fundo nao se sabe é nada.
Você nao apresentou solucao alguma, mas um desafio que eu acredito que as nossas igrejas poderiam fazer. Eu acredito que no nosso meio possa existir pessoas que nao sabem ler essas letrinhas.
A igreja poderia ter tb uma biblioteca e estimular a leitura mesmo entre os cristaos.
Às vezes com pequenos gestos podemos incentivar pessoas e fazerem algo para melhorar suas vidas.
Seu gesto foi muito bonito.
Elvira
Alê,
Também estou na blogagem contra o analfabetismo.
Gostei de você ter compartilhado a história do rapaz de 18 anos e seu colega.
Eu acredito que pequenas ações espalhadas pelo Brasil vão ajudar e muito a darmos um fim ao analfabetismo no Brasil.
Parabéns pelo ótimo post!
É verdade :/. Por vezes tam0z tao preocupados e atarefados com tanta coisa qe nos esqecemos destas peqenas coisinhas qe sao tao importantes .
Somos uns priveligiados e devemos usar esse privile'gio pra ajudar também na vida das outras pessoas :D.
Big Beij0 pra t0doooss *
:D :P
Oi Ale!
Você foi sensível ao se solidarizar com uma pessoa que mal conhece. O sentimento de compaixão é um sentimento divino! Está no caminho certo, são de pessoas assim que o Brasil precisa! Boa semana! Beijus
Hoje é um novo dia, de novos e lindos começos.
Desejo-te amiga um dia maravilhoso e abençoado por Deus.
Muitos beijinhos.
Fica bem. Fica com Deus.
Anita (amor fraternal)
é isso Gulosinho, temos de ser contra e agir! mil beijos, querido!
Cris, fazemos sempre pouco, sempre podemos fazer mais...isso me incomoda também!!!
Bete, o fingimento é mais popular do que se pensa...
Geórgia parabéns por sua mobilização, cada um fazendo sua parte, esse é o caminho. falando em biblioteca, em nosso ministério, temos uma, pequenina, para incentivar nossos adolescentes a lerem.
Elvira e Sônia penso que se esperarmos a oportunidade de fazer algo grande, muitas vezes nao poderemos fazer. é preciso agir, seja como for. obrigada pela visita, estejam à vontade para voltar sempre!!!!
oi mimi! concordo, querida! não podemos pensar apenas em nós mesmos nao é? beijos com saudades,querida, e beijos pra todos ai!
oi Luma, obrigada querida, acho que assim devemos viver e não voltados pra nós mesmos não é? volte sempre, ok??! mil beijos,
alê
anita, mil beijos, querida,
alê
q bonita essa história!!!!
o analfabetismo é msmo um problema mto grave!!!
estamos todos juntos nessa campanha
É isso aí! Podemos "acabar" com alguém, oupodemos ser a mão que dá um estímulo na hora certa. Tenho um conhecido, de Florianópolis, com uma historia parecida. Hoje, dono de uma rede laboratorios, começou a estudar já aos 18 anos. Motivo: foi trablhar como servente de obras na universidade. Via aquelas gatinhas e pensava: como é que eu posso "ganhar" uma destas? Ai descobriu: tinha que estudar! E la foi ele! Nao importa o motivo, não é? O importante é que abriu uma porta na sua vida. Ethel SC
Adorei a história alê! fico imaginando vc emocionada vendo o rapaz, rs... Ainda mais vc, que adora ler :)
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